Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje…
Evangelho de hoje, 16 de janeiro (Mc 2,23-28): «O Filho do Homem é, também, Senhor do sábado!»
Certo sábado, Jesus estava passando pelas plantações de trigo, e os discípulos começaram a abrir caminho, arrancando espigas. Os fariseus disseram então a Jesus: «Olha! Por que eles fazem no dia de sábado o que não é permitido?». Ele respondeu: «Nunca lestes o que fez Davi quando passou necessidade e teve fome, e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães da oferenda, que só os sacerdotes podem comer, e ainda os deu aos seus companheiros!». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Deste modo, o Filho do Homem é Senhor também do sábado».
COMENTÁRIO: Hoje como ontem, Jesus deve se enfrentar com os fariseus, que deformaram a Lei de Moisés, ficando-se nas pequenices e esquecendo-se do espírito que a informa. Os fariseus, de fato, acusam, os discípulos de Jesus de violar o sábado. Segundo sua casuística agoniante, arrancar espigas equivale a “segar” e trilhar significa “bater”: essas tarefas de campo, e umas quarentena mais que poderíamos acrescentar, estavam proibidas no sábado, dia de descanso. Como já sabemos, os pães da oferenda dos que nos fala o Evangelho, eram doze pães que se colocavam cada semana na mesa do santuário, como homenagem das doze tribos de Israel ao seu Deus e Senhor. A atitude de Abiatar é a mesma que hoje nos ensina Jesus: os preceitos da Lei que tem menos importância cedem diante dos maiores; um preceito cerimonial deve ceder diante um preceito de lei natural; o preceito do repouso de sábado não está, então, acima das elementares necessidades de subsistência. O Concílio Vaticano II, para recalcar que a pessoa que está por cima das questões econômicas e sociais, diz: «A ordem social e seu progressivo desenvolvimento devem subordinar-se em todo momento ao bem da pessoa, porque a ordem das coisas deve submeter-se à ordem das pessoas e, não ao contrário. O mesmo Senhor o advertiu quando disse que o sábado tinha sido feito para o homem e, não o homem para o sábado». Santo Agostinho disse: «Ama e faz o que queres». O entendemos bem, ou ainda a obsessão por aquilo que é secundário afoga o amor que há de pôr em tudo o que fazemos? Trabalhar, perdoar, corrigir, ir à missa aos domingos, cuidar dos doentes, cumprir os mandamentos…, O fazemos porque devemos ou por amor de Deus? Tomara que essas considerações nos ajudem a vivificar todas nossas obras com o amor que o Senhor pôs nos nossos corações, precisamente para que possamos lhe amar.
Orai sem cessar: «Oferece, antes, a Deus um sacrifício de louvor e cumpre teus votos para com o Altíssimo!» (Sl 49, 14)
À Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!