Evangelho de hoje, 06 de dezembro (Mt 9,35-38; 10,1.6-8): «Pastores segundo ao coração de Cristo»
Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus se encheu de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!». Chamando os doze discípulos, Jesus lhes deu poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade. «Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! No vosso caminho, proclamai: O Reino dos Céus está próximo. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!».
COMENTÁRIO: No Evangelho de hoje, Jesus expressa sua compaixão pelas multidões que o seguiam, porque “estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor”. Este episódio, como vimos até agora, se insere entre o Sermão da Montanha e os primeiros milagres, de um lado e, de outro, a escolha dos Apóstolos, pastores do novo povo de Deus, que é a Igreja. Antes, porém, de o Senhor escolher os Doze, o evangelista São Mateus põe em evidência a ação dos demônios no meio dos judeus e a indiferença dos fariseus à trágica situação em que se encontravam os que eles deveriam guiar e proteger. Aquelas multidões, de fato, eram como ovelhas tresmalhadas porque os pastores do antigo Israel as deixavam inermes e indefesas, além de mortificá-las sob o peso de preceitos e tradições humanas. Diante disso, Cristo, movido em suas vísceras de misericórdias, vem cumprir o que fora dito pela boca do profeta: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com inteligência e sabedoria” (Jr 3, 15). Com efeito, Deus quer fazer descer ao povo o seu carinho e cuidado de Pai através de homens fiéis ao seu chamado, dispostos a seguir sempre o exemplo do Bom Pastor, que, para não deixar perder-se uma só ovelha do seu aprisco, não receia enfrentar ladrões, lobos e até a própria morte. Eis por que temos de rezar frequentemente pelos pastores da Santa Igreja, bispos e presbíteros, a fim de não lhes faltar nunca a graça de que precisam para, com perseverança, se manterem fiéis à vocação recebida e à missão de apascentar e proteger o rebanho de Cristo.
Advento: Tempo de oração, penitência e vigilância na espera do Menino Deus!
São Nicolau, Santa Carmen Sallés e Nossa Senhora do Silêncio, rogai por nós, pelo Brasil, pelo fim das guerras e das pandemias e pela Igreja de Cristo!
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏

