Festa da Apresentação do Senhor!
Na festa da Apresentação do Senhor, a Igreja nos oferece a oportunidade de meditarmos um pouco sobre a “espada de dor” que, como profetizara Simeão, trespassaria o coração carinhoso da toda pura Mãe de Deus, unida aos sofrimentos de Cristo na Cruz, sempre atenta às dores que padecem os membros da Igreja.
Evangelho de hoje, 02 de fevereiro (Lc 2,22-40 ou 22-32): «Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor»
[Quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-Lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor». Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor. Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo»]. O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do Menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este Menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações». Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora, Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galileia. O Menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com Ele.
COMENTÁRIO: «Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor». Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus nasce de Mulher e, quarenta dias após o parto, é apresentado no Templo e consagrado a Deus. Fazia parte do ritual um “resgate” simbólico, quando um animal (novilho, cordeiro: para os ricos; um par de rolas ou dois pombinhos: para os pobres) era sacrificado em troca do primogênito. O apóstolo Paulo nos recorda que Jesus Cristo foi o primeiro homem cuja vida significou uma “consagração” total a Deus, sem nada reservar para si mesmo. Veio para fazer a vontade do Pai (Hb 10, 7-9). Desde os primeiros tempos da Igreja, a perfeita imitação de Jesus Cristo atraiu numerosos fiéis à “vida consagrada”. Como ensinou São João Paulo II, “a vida consagrada, profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito Santo. Através da profissão dos conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus, virgem, pobre e obediente, adquirem uma típica e permanente ‘visibilidade’ no meio do mundo, e o olhar dos fiéis é atraído para aquele mistério do Reino de Deus que já atua na história, mas aguarda a sua plena realização nos céus” (Vita Consecrata).
Orai sem cessar: “Mãe, quando chegar o momento de ir à casa do Pai, leva-me nos braços como Jesus, pois também eu sou teu filho e menino”.
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Tenha uma abençoada semana!
Shalom🙏