Evangelho de hoje, 07 de abril (Jo 8,12-20): «Eu sou a luz do mundo!»
Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” Então os fariseus disseram: “O teu testemunho não vale, porque estás dando testemunho de ti mesmo.” Jesus respondeu: “Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque sei de onde venho e para onde vou. Mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne, eu não julgo ninguém, e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas comigo está o Pai que me enviou. Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Ora, eu dou testemunho de mim mesmo, e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim.” Perguntaram então: “Onde está o teu Pai?” Jesus respondeu: “Vós não conheceis nem a mim, nem a meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também meu Pai.” Jesus disse estas coisas, enquanto estava ensinando no Templo, perto da sala do tesouro. E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado.
COMENTÁRIO: Senhor, Tu és luz! Como podemos falar de Ti, Senhor? Incompreensíveis e inacessíveis são as tuas obras, a tua glória e o teu conhecimento. No entanto, temos esperança, temos fé e conhecemos o amor que nos deste, um amor ilimitado, indizível, que nada pode conter; um amor que é luz, luz inacessível, luz que em tudo opera. O que não faz esta luz , o que não é! Ela é encanto e alegria, doçura e paz, misericórdia sem conta, abismo de compaixão. Sendo invisível, vemo-la; e compreendemo-la sem podermos contê-la. É intocável, impalpável, mas pode ser apreendida pelo meu espírito. Quando a possuo, não reparo nela; só a vejo quando desaparece; precipito-me para a agarrar, mas ela levanta voo. Não sei o que fazer e fico consumido; então, aprendo a pedir e a procurar com lágrimas e grande humildade, e a não considerar como possível o que está para além da natureza, nem como efeito do meu poder ou do esforço humano aquilo que é fruto da compaixão e da misericórdia infinita de Deus. A luz convida ao silêncio e ensina a humildade omnipotente. Por isso, quando a adquiro e me torno humilde, ela passa a habitar inseparavelmente comigo, une-se a mim e ilumina-me; olha para mim e eu olho para ela; está no meu coração e está no Céu. Esta luz revela-me as Escrituras, traz-me conhecimento e ensina-me mistérios que não consigo exprimir (Simeão, o Novo Teólogo).
Orai sem cessar: “Senhor, luz verdadeira e fonte de luz, concedei-nos perseverar na meditação de vossa Palavra e viver iluminados pelo esplendor de vossa verdade!”
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏