Evangelho de hoje, 07 de setembro (Lc 14,25-33): “A nada dar mais valor do que a Cristo”
Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: «Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo». De fato, se algum de vós quer construir uma torre, não se senta primeiro para calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai pôr o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a zombar: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ Ou ainda: um rei que sai à guerra contra um outro não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, envia uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, para negociar as condições de paz». Do mesmo modo, portanto, «qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!».
COMENTÁRIO: «Quem não tomar a sua cruz para Me seguir não pode ser Meu discípulo». Uma vez que a nossa Cabeça subiu aos céus, é conveniente que os Seus membros (Col 2,19) sigam o seu Chefe, passando pelo caminho que Ele tomou com tanto sofrimento. Pois «não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória?» (Lc 24,26). Devemos seguir o nosso divino Mestre tão digno de amor, que levou o estandarte à nossa frente. Que cada homem tome a sua cruz e O siga; e chegaremos onde Ele está. Vê-se que muitos seguem este mundo a troco de honrarias insignificantes, e para tal renunciam ao conforto físico, ao seu lar, aos seus amigos, expondo-se aos perigos da guerra, tudo isso para adquirirem bens exteriores! É, portanto, justo que pratiquemos a renúncia total para adquirir o puro bem que é Deus e que, assim, sigamos o nosso Mestre. Não é raro verem-se homens que desejam ser testemunhas do Senhor na paz, isto é, desde que tudo corra de acordo com os seus desejos. Querem muito se tornar santos, mas sem fadiga, sem aborrecimento, sem dificuldade, sem que lhes custe coisa alguma. Ambicionam conhecer Deus, saboreá-Lo, senti-Lo, mas desde que não haja amargura. Porém, quando é preciso trabalhar, quando chegam até eles a amargura, as trevas e as tentações, quando já não sentem Deus e se sentem desamparados interior e exteriormente, as suas boas intenções se desvanecem. Não são boas testemunhas, testemunhas adequadas do Salvador. Ah! Pudéssemos nós nos libertar dessa busca e procurar sempre a paz no próprio cerne da infelicidade! Só aí nasce a verdadeira paz, aquela que permanece (Jean Tauler, dominicano de Estrasburgo).
Reflexão: “A vida dos santos e as escolhas que eles fizeram devem servir-nos de modelo ao optar por determinado estilo de vida. Imersos em uma sociedade que venera o prazer e adora o poder, não seremos fiéis ao Evangelho sem as renúncias de cada dia.”
Leia a Bíblia: “Buscai o Senhor já que ele se deixa encontrar.” (Is 55,6)
A Jesus, toda a honra, louvor e adoração!
Tenha uma abençoada semana!
Shalom🙏