Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje…
Evangelho de hoje, 15 de agosto (Mt 18,21-35.19,1): «Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão?»
Naquela ocasião, Pedro se aproximou de Jesus e Lhe perguntou: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: “Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei”. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: “Paga o que me deves”. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: “Concede-me um prazo e pagar-te-ei”. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: “Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque me pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?”. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
COMENTÁRIO: Hoje, o Evangelho nos convida a uma reflexão sobre o mistério do perdão, propondo um paralelismo entre o estilo de Deus e o nosso na hora de perdoar. O homem se atreve a medir e a levar em conta a sua magnanimidade perdoadora: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» A Pedro lhe parece que sete vezes já é muito e que é, talvez, o máximo que podemos suportar. Bem visto, Pedro continua esplêndido, se o compararmos com o homem da parábola que, quando encontrou um companheiro seu que lhe devia cem denários, «Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’», negando-se a escutar a sua súplica e a promessa de pagamento. Fechadas as contas, o homem, ou se nega a perdoar, ou mede estritamente a medida do seu perdão. Verdadeiramente ninguém diria que receberíamos da parte de Deus um perdão infinitamente reiterado e sem limites. A parábola diz: «o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida». E a dívida era muito grande. Mas a parábola que comentamos põe acento no estilo de Deus na hora de outorgar o perdão. Depois de chamar à ordem o seu devedor em atraso e de o fazer ver a gravidade da situação, deixou-se condoer repentinamente pelo seu pedido contrito e humilde: «‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão…». Este episódio põe à vista aquilo que cada um de nós conhece por experiência própria e com profundo agradecimento: que Deus perdoa sem limites ao arrependido e convertido. O final negativo e triste da parábola, contudo, faz honras de justiça e manifesta a veracidade daquela outra sentença de Jesus em Lc 6,38: «Com a medida com que medirdes sereis medidos».
Reflexão: Existe nos dias de hoje quem diga “perdoo”, mas não esqueço! E como cristão qual tem sido a nossa posição ante o infinito perdão de Deus, no trato com os nossos semelhantes? Jesus deu o exemplo. Na hora de ser morto pediu perdão para os seus algozes. Será que somos capazes de imitar Jesus?
São Tarcísio e Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós, pelo fim das guerras e das pandemias, pela Igreja de Cristo, pelos cristãos perseguidos e martirizados no mundo inteiro e pelos nossos irmãos da região Sul!
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!