Evangelho de hoje, 17 de maio (Jo 14,7-14): «Quem me vê, vê o Pai»
Disse Jesus aos seus discípulos: «Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto». Filipe disse: «Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta». Jesus respondeu: «Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras». Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. «Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois Eu vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, Eu o farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, Eu o farei».
COMENTÁRIO: «Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito» (Mt 5,48). Por que motivo deve a nossa perfeição, a nossa santidade, reproduzir a santidade divina, que está a uma distância infinita da nossa fraqueza humana? A seguir, ser-nos-á dado o poder de conhecer o mistério desta vida divina? A resposta a esta dupla pergunta está nas seguintes palavras: devemos assemelhar-nos ao nosso Pai Celeste porque somos seus filhos adotivos. E, para conhecermos a perfeição do Pai, basta-nos ir a Jesus Cristo. Diz-nos São João: «Nunca ninguém viu a Deus». Quer dizer que temos de desesperar de jamais O conhecer? Não, porque o discípulo acrescenta esta verdade luminosa: «O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é que O revelou» (Jo 1,18). Entusiasmado com esta revelação, São Paulo exclama: «Deus habita uma claridade inacessível» (1Tim 6,16); mas Ele, «que disse: das trevas brilhe a luz, brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo» (2Cor 4, 6). Cristo é Deus colocado ao nosso alcance, com a forma humana. Após a Última Ceia, Filipe pediu a Jesus: «Senhor, mostra-nos o Pai» (Jo 14,8); e Nosso Senhor respondeu-lhe com uma frase solene, que contém a chave do mistério: «Quem Me vê, vê o Pai». Assim, pois, em Jesus Cristo, tudo é uma revelação de Deus. Aos pés de Jesus, aprendemos a conhecer as perfeições de Deus; é pela meditação das suas palavras e dos seus atos, dos seus sofrimentos e da sua morte, que penetramos os segredos da misericórdia infinita (Beato Columba Marmion, abade).
Orai sem cessar: Acreditar no Filho nos permite ter «aceso a Deus.» (Ef 2,18)
Nossa Senhora do Silêncio, rogai por nós, pelo fim das guerras e das Pandemias e pela Igreja de Cristo!
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏