Reflexão do Evangelho 22/01/2025

Evangelho de hoje, 22 de janeiro (Mc 3,1-6): “Não há descanso para o amor!”
Outra vez, Jesus entrou na sinagoga, e lá estava um homem com a mão seca. Eles observavam se o curaria num dia de sábado, a fim de acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca: «Levanta-te! Vem para o meio!» E perguntou-lhes: «Em dia de sábado, o que é permitido: fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou matar?» Eles ficaram calados. Passando sobre eles um olhar irado, e entristecido pela dureza de seus corações, disse ao homem: «Estende a mão!» Ele estendeu a mão, que ficou curada. Saindo daí, imediatamente os fariseus, com os herodianos, tomaram a decisão de eliminar Jesus.

COMENTÁRIO: A cura do homem de mão seca se dá no contexto de mais um conflito entre Jesus e alguns de seus adversários, fariseus e mestres da Lei, que procuram sem descanso um motivo para acusá-lo. Cristo, que falava como quem tem autoridade, arrogando-se com justiça o título de Senhor do sábado, rompia sem falsos escrúpulos o descanso sabático, o que deixa transtornados os que, ainda aferrados à letra da Lei, se opõe à doutrina salvífica do Evangelho. Eis o sentido literal do texto que a Liturgia nos propõe hoje à reflexão. De um ponto de vista espiritual, no entanto, este episódio nos revela, sob a imagem da mão ressequida, a nossa incapacidade de amar e praticar o bem como convém à salvação. É só com o auxílio da graça de Cristo, sem o qual nada podemos fazer (Jo 15, 5), que nos tornamos capazes de realizar aquelas obras de justiça que o Pai tanto deseja recompensar. Privado, pois, do auxílio sobrenatural de Deus, o homem é moralmente impotente para observar por longo tempo os Mandamentos da Lei, que se resumem em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mt 22, 34-40), não só de forma meritória, em ordem à vida eterna, mas nem mesmo quanto à substância dos preceitos. Eis por que tão cedo a Lei se tornou para os judeus um fardo a ser carregado com uma obediência puramente externa, sem as disposições interiores sem as quais nem o maior dos sacrifícios tem valor (1Cor 13, 1ss). Por isso, devemos hoje estender nossas mãos ressequidas a Cristo Jesus e, humilhados diante dele, confessar nossa incapacidade de amar como Ele ama e de fazer como convém o que Ele deseja. O Senhor, que tudo pode e nos ama mais do que imaginamos, olhará compadecido para a nossa paralisia e realizará o prodígio de fazer brotar do rochedo de nosso coração a água de uma caridade benigna, sofredora, generosa e paciente (1Cor 13, 4-7).

Orai sem cessar: “Dizei a Deus: Vossas obras são estupendas! Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos glorificam.” (Sl 65,3)
São Vicente, diácono e São Vicente Pallotti, presbítero, rogai por nós, pelo fim das guerras e das Pandemias, pela Igreja de Cristo e pelos cristãos perseguidos e martirizados no mundo inteiro!
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏

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