Evangelho de hoje, 23 de fevereiro (Lc 6,27-38): “Fazer o bem sem olhar a quem”
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «A vós, porém, que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te bater numa face, oferece também a outra. E se alguém tomar o teu manto, deixa levar também a túnica. Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta. Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo. Se amais somente aqueles que vos amam, que generosidade é essa? Até os pecadores amam aqueles que os amam. E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Os pecadores também agem assim. E se prestais ajuda somente àqueles de quem esperais receber, que generosidade é essa? Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente. Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande. Sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso também para com os ingratos e maus». Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois, a medida que usardes para os outros, servirá também para vós».
COMENTÁRIO: O comportamento do cristão há de seguir esta norma: compadecer-se das misérias alheias como se fossem próprias e procurar remediá-las. Neste mesmo sentido a nossa Santa Mãe a Igreja concretizou-nos uma série de obras de misericórdia tanto corporais [visitar e cuidar os doentes, dar de comer ao faminto, dar de beber ao sequioso…], como espirituais [ensinar aquele que não sabe, corrigir o que erra, perdoar as injúrias…] (CIC 944-945). Também perante quem está no erro temos de ter compreensão: «Este amor e benevolência de modo algum nos devem tornar indiferentes perante a verdade e o bem. Pelo contrário, é o próprio amor que incita os discípulos de Cristo a anunciar a todos a verdade salvadora. Mas deve distinguir-se entre o erro, sempre de rejeitar, e aquele que erra, o qual conserva sempre a dignidade própria da pessoa, mesmo quando atingido por ideias religiosas falsas ou menos exatas. Só Deus é juiz e penetra os corações; por esse motivo, proíbe-nos Ele de julgar da culpabilidade interna de qualquer pessoa» (Gaudium et spes, nº 28).
Reflexão: «Toda a Lei evangélica se apoia no “mandamento novo” de Jesus (Jo 13, 34): de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou: Jo 15,12» (CIC, n° 1970)
A Jesus, toda a honra, louvor e adoração!
Tenha uma abençoada semana!
Shalom🙏