Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje…
Evangelho de hoje, 25 de setembro (Lc 16,19-21): «O pobre Lázaro e o rico epulão»
«Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas». Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’». O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem! ‘ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter’. Abraão, porém, lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão’».
COMENTÁRIO: “O porquê das desigualdades” – Quem muito recebeu de Deus tem a grave responsabilidade de ser bênção e socorro para quem pouco ou nada possui. O Evangelho de hoje nos apresenta a parábola do pobre Lázaro e o rico epulão. Lázaro é um mendigo que, coberto de feridas, deitado junto à porta da casa de um regalado banqueteador, espera saciar a fome com as migalhas que lhe caem da mesa. O epulão, cujo nome nunca é revelado, esbanja à larga todos os dons com que Deus o presenteou, esquecido, porém, de que os privilegiados com maiores recursos têm o grave dever de empregar o que têm em favor dos necessitados. As riquezas materiais não são injustiças, mas um meio prático que o Senhor concede a algumas pessoas, chamadas a ser instrumentos vivos de sua misericórdia para com os pobres. Ora, essa desigualdade de bens, se já é chamativa na ordem material, torna-se muito mais profunda quando olhamos para as coisas espirituais: de fato, o que mais distingue uma pessoa de outra não são tanto as riquezas possuídas quanto as qualidades do espírito, especialmente a virtude moral. No fundo, é esse último tipo de desigualdade que tem verdadeira importância. Como a parábola evangélica deixa claro, não é o dinheiro que se teve nesta vida que decide quem irá entrar no céu ou não, mas a riqueza interior de graças e virtudes. O epulão, embora comesse à farta, coberto de linhos finíssimos, era interiormente um miserável; Lázaro, ao contrário, ainda que não tivesse nem o que comer nem com que se vestir, vivia na sua indigência material a opulência de um coração grande, amável e temente a Deus. Sabemos já qual foi o destino de ambos. Que nós, que fomos enriquecidos com os dons da fé, da esperança e da caridade, possamos acumular neste mundo um tesouro de méritos e virtudes e, se temos o privilégio de uma vida confortável, tenhamos também a generosidade de usar o que Deus pôs à nossa disposição em benefício de nossos irmãos carentes.
Leia a Bíblia: “Recebestes de graça, de graça deveis dar!” (Mt 10,8)
À Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Tenha uma abençoada semana!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!