Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje….
Evangelho de hoje, 21 de outubro (Lc 12, 13-21): «Esta noite terás de entregar a tua alma».
Alguém do meio da multidão disse a Jesus: «Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo». Ele respondeu: “Homem, quem me encarregou de ser juiz ou árbitro entre vós?». E disse-lhes: «Atenção! Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenham muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens». E contou-lhes uma parábola: «A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: ‘Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, goza a vida!’ Mas Deus lhe diz: «Tolo! Ainda nesta noite, tua vida te será retirada. E para quem ficará o que acumulaste? Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico diante de Deus».
COMENTÁRIO: «O ímpio é orgulhoso todos os dias da sua vida» (Jó 15,20). Nem os eleitos estão imunes ao orgulho em alguns dos seus pensamentos e até nas suas ações. Mas, como são eleitos, não são soberbos todos os dias, uma vez que, antes de chegarem ao fim da vida, deixam que o seu coração se transforme de desmesura em temor, em humildade. Pelo contrário, o ímpio não passa um único dia sem soberba, pois termina a sua vida sem se afastar por um momento da desmesura. O seu olhar procura o que floresce no tempo, e ele desdenha considerar para onde será levado na eternidade. É na vida da carne que ele deposita a sua confiança, atribuindo longa duração àquilo que tem no momento. O seu coração fortalece-se na desmesura, e o seu próximo é desprezado. Ele não contempla a morte que se aproxima lentamente e pode ocorrer dum momento para o outro, nem pensa na incerteza da felicidade. Na verdade, um olhar sobre a incerteza e a efemeridade da vida impedi-lo-ia de confundir a certeza com a incerteza. Daí, a sábia frase: «E o número dos anos da sua tirania é incerto» (Jó 15,20). Como a vida atual é sempre incerta, a morte, que se vai aproximando de nós em silêncio, deve ser constantemente temida, pois não é possível prevê-la. Por outro lado, se o Criador quis que o dia do nosso fim permanecesse oculto para nós, foi para que, na incerteza do momento da morte, estivéssemos preparados para morrer a qualquer momento (São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja).
Reflexão: “Onde está o teu tesouro, lá está teu coração, tanto faz se somos ‘pobres’ ou ‘ricos’!”
A Jesus, toda a honra, louvor e adoração!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!