Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje…
Evangelho de hoje, 04 de março (Lc 4,24-30): «A fé da viúva de Sarepta, que acolhe o enviado de Deus!»
Jesus, vindo a Nazaré disse ao povo na sinagoga: «Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio». Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de empurrá-lo para o precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
COMENTÁRIO: A viúva de Sarepta! Esta viúva sem recursos saíra de casa para apanhar dois troncos de lenha para cozer pão, quando se cruzou com Elias. Esta mulher era símbolo da Igreja; a cruz é formada por dois pedaços de lenha e aquela que ia morrer procurava com que viver eternamente. Há aqui um mistério escondido. Elias disse-lhe: «Vai, dá-me de comer com a tua pobreza, e a tua riqueza não se esgotará». Que pobreza bem-aventurada! Se a viúva recebeu tamanho salário já neste mundo, a que recompensa não terá direito na outra vida! Insisto neste pensamento: não esperemos recolher o fruto da sementeira no mesmo tempo em que semeamos. Neste mundo, semeamos na dor o que será uma colheita de boas obras; no outro, colheremos o fruto na alegria, conforme está escrito: «À ida, vão a chorar, lançando a semente. À volta, regressam a cantar, trazendo os molhos de espigas» (Sl 125, 6). O gesto de Elias para com esta mulher não foi a sua recompensa, mas apenas um símbolo. Porque, se esta viúva fosse recompensada neste mundo por ter alimentado o homem de Deus, seria uma sementeira muito pobre e uma colheita muito magra! Ela apenas recebeu um bem temporal: a farinha que não se esgotou, o azeite que não diminuiu até ao dia em que o Senhor regou a terra com a sua chuva. Este sinal, que lhe foi concedido por Deus durante alguns dias, era símbolo da sua vida futura, onde a nossa recompensa nunca diminuirá. A nossa farinha será Deus! Assim como a farinha desta mulher não se esgotou durante aqueles dias, Deus não nos faltará durante toda a eternidade. Semeia com confiança e a tua colheita chegará seguramente: chegará no outro mundo, e então colherás sem fim (Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja).
Orai sem cessar: «Minha alma desfalecida se consome suspirando pelos átrios do Senhor. Meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo!» (Sl 83,3)
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!