Memória de Nossa Senhora de Fátima
“Nossa Senhora, como mãe zelosa e por meio daquelas simples crianças, exortou-nos, mas também nos consolou e trouxe-nos esperança. A mensagem da Virgem de Fátima faz um veemente apelo à conversão e à penitência, atitudes essenciais para que os cristãos tomem consciência de sua finitude enquanto seres compostos de matéria, mas também portadores de uma alma imortal criada por Deus.”
Evangelho de hoje, 13 de maio (Lc 11,27-28): «A bem-aventurança da Virgem Maria»
Enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!” Mas Jesus replicou: “Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!”.
COMENTÁRIO: É com grande alegria que celebramos hoje a memória de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em recordação das aparições da Virgem SS. aos três pastorinhos na cova da Iria, em 1917. Além de extraordinária por si só, a mensagem de Fátima se harmoniza perfeitamente com um dos Evangelhos que hoje se podem proclamar: o do Bom Pastor. Que pastor é bom, diz Cristo, Senhor nosso, senão aquele que dá a vida por suas ovelhas? E a quem Jesus quis dar a conhecer sua própria Mãe, trazendo oportunos conselhos, senão a três pequenos pastores, para que, pelo exemplo deles, aprendêssemos todos que podemos, em qualquer condição de vida em que nos achemos, participar do seu próprio pastoreio e da eficácia da sua entrega? Os três pastorinhos de Fátima, com efeito, mostraram com seus sacrifícios, com a sua resposta afirmativa à pergunta da Virgem: “Quereis entregar-vos a Deus?”, que, fossem embora crianças de corpo, eram grandes e verdadeiros pastores em alma. Com jejuns, mortificações e orações — três armas que cristão nenhum pode afirmar não ter à disposição —, deram eles, num sentido muito literal, a própria vida pela conversão dos pecadores, ovelhas tresmalhadas que erram longe do redil de Cristo e que este tanto deseja reconduzir ao seu rebanho. Este amor heroico e este espírito verdadeiramente pastoril se vê, talvez com maior clareza, no exemplo de S. Jacinta Marto, que aceitou a proposta de Nossa Senhora de permanecer ainda um tempo mais neste mundo, sofrendo dores que muitos varões crescidos não suportariam e com uma paciência superior à de muitas mães de família, a fim de conseguir a salvação de ainda mais pecadores. Com estes exemplos diante dos olhos, deve crescer em nós a fé e a esperança de que, por maiores que sejam as catástrofes que se abatem sobre o mundo — e não são poucas as dos nossos tempos —, temos ao alcance da mão o remédio para o pior mal que pode abater-se sobre as almas: a condenação eterna. Unindo hoje o nosso sim ao sim que deram os três pastorinhos à pergunta da Virgem, tomemos muito a sério o nosso dever de reparar, com boas obras, as ofensas cometidas contra Deus e associar, com mortificações voluntárias, os nossos pobres sofrimentos à eficácia poderosíssima da Paixão de Cristo, que com três horas de dor redimiu toda a história humana. E para que estas reflexões não se murchem depois de nos aquecerem o coração, acrescentemos-lhe algum propósito firme de introduzir em nossa rotina alguma mortificação ou prática de piedade: um ou dois dias de jejum por semana, rezar o Rosário de joelhos, renunciar ao uso excessivo de mídias sociais, limitando-o aos finais de semana, fazer uma visita diária ao SS. Sacramento, em reparação das profanações com que tantos o ofendem, pensando poder feri-lo, etc..
Orai sem cessar: “Majestosa, a princesa real vem chegando, / vestida de ricos brocados de ouro. / Em vestes vistosas ao rei se dirige, / e as virgens amigas lhe formam cortejo.” Sl 44(45)
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós que recorremos a Vós!
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏