Reflexão do Evangelho 16/02/2024

Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje…

Sexta-feira depois das Cinzas

Evangelho de hoje, 16 de fevereiro (Mt 9,14-15): «A questão do jejum»
Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: «Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão».

COMENTÁRIO: Nosso mundo vive um tempo de estranhos contrastes. No hemisfério norte, a obesidade infla a população como autêntica epidemia; já no hemisfério sul, mais de um bilhão de pessoas não consegue fazer uma única refeição por dia. Neste contexto, ainda faria sentido falar em jejum? O jejum santo e reto visa a três diferentes finalidades: primeiro, para domar a carne, a fim dela não se animar em excesso; a seguir, para mais bem-dispor o coração à prece, à oração e outras santas meditações; enfim, para dar testemunho de nossa humildade diante de Deus, quando queremos confessar perante ele o nosso pecado. Cada vez que temos de rogar a Deus em comum por alguma coisa importante, é bom exortar ao jejum. Foi assim que os fiéis de Antioquia, quando impuseram as mãos a Paulo e Barnabé, juntaram o jejum à oração (At 13,3). Neste tipo de jejum, eles não tinham outro objetivo a não ser mais bem se dispor e se tornarem mais alegres na oração. De fato, quando o ventre está cheio, o espírito não é muito vivaz para elevar-se até Deus; ele experimenta menos uma ardente disposição para a prece e é menos estimulado a perseverar. Não entendemos como jejum apenas a simples temperança e sobriedade no beber e no comer, mas algo a mais. Esta restrição situa-se em três pontos: na duração, na qualidade dos alimentos e na quantidade. Não esqueçamos o que diz Joel: isto é, que o jejum não tem valor por si mesmo, diante de Deus, se não é feito na aflição do coração e se o homem não tem um verdadeiro desgosto de si e de seus pecados, em verdadeira humildade.” [In Institution Chrétienne, IV]. Sitiado pelo mundo neopagão, o fiel cristão, mais ou menos inconscientemente, acaba envolvido pelos seus costumes, atitudes e contravalores, entre os quais o gosto pelo luxo, pela abundância, a mesa farta, constantes viagens e todo tipo de comodismos e facilidades. Tais benesses são encaradas como “direitos” a serem usufruídos. Natural, pois, que o jejum se torne uma espécie de dinossauro, coisa antediluviana, impensável na vida moderna. E, claro, o diabo gosta…

Orai sem cessar: «Sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado» (Sl 50,19).
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!

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