Reflexão do Evangelho 21/01/2024

Bom dia Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje….

Evangelho de hoje, 21 de janeiro (Mc 1,14-20): «O Filho por quem tudo foi feito!»
Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: «Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova». Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então disse-lhes: «Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens». E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus».

COMENTÁRIO: Tendo Deus falado outrora, nos tempos pré-messiânicos, muitas vezes e de muitos modos, em sonhos, visões, figuras etc., aos nossos pais na fé por meio dos profetas, cujas mentes iluminava com inspirações ou revelações, nestes últimos dias, que são os últimos, pois já não se deve esperar depois dele senão o advento de Cristo juiz e o fim do mundo, falou-nos por meio do seu Filho unigênito (cf. Jo 3, 17; 5, 19-23 etc.), a quem gera no hoje sem término da eternidade (cf. Sl 2, 7). O autor da Epístola aos Hebreus apresenta, pois, uma tríplice diferença entre a antiga e a nova Revelação: a) de tempo, entre a expectativa do Messias e a sua primeira vinda na carne; b) das pessoas de que se utiliza Deus como instrumentos para falar à humanidade; e c) de método, entre o aspecto multifário e imperfeito da antiga Revelação e a simplicidade perfeitíssima da nova. Antes, falou-nos como que obscuramente pelo ministério dos profetas; agora, fala-nos claramente pela sua Palavra eterna, revelada plenamente em sua encarnação em Jesus Cristo, o mesmo Filho por quem o Pai criou e sustenta todo o universo (cf. Jo 1, 3). E se por Ele criou tudo o que há, também nós temos nele todo o nosso ser, todo o nosso viver, todos o nosso mover-se: por Ele tudo foi feito, e nada do que foi feito, é e será um dia pode ser independente dele. Por isso, a Revelação plena de Deus através do Filho encarnado é também a revelação de que Deus, em verdade, não esteve nunca longe de nós: ainda que nos tenhamos afastado dele pelo pecado, Ele nunca se afastou de nós, não só por ter-nos procurado pelos profetas e vindo ao nosso encontro na Pessoa do Filho, mas por comunicar-nos continuamente todo o ser com que somos, vivemos e nos movemos. Ele, para usar as palavras S. Agostinho, está e sempre esteve no mais íntimo de nós, porque se deixasse de pronunciar o nosso nome um único instante, voltaríamos imediatamente ao nada de que fomos criados. Com isso em mente, batamos no peito em sinal de arrependimento e, por uma sincera confissão, voltemos ao regaço daquele que nunca nos deixou de abraçar, reencontremos aquele que nunca nos perdeu de vista e vivamos para aquele que é a fonte de toda a nossa vida. Porque, se até os anjos e as potestades do céu devem adorá-lo, como nós, simples mortais, nos havemos de furtar ao dever de o adorar e servir com tremor e temor?

Orai sem cessar: «Quero que onde Eu estiver estejam também Comigo aqueles que Tu Me confiaste, para que contemplem a Minha glória» (Jo 17,24).
Tenha uma abençoada semana!
À Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom🙏Veni Sancte Spiritus! Veni Lumem Cordium!

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