Reflexão do Evangelho 29/05/2025

Evangelho de hoje, 29 de maio (Jo 16,16-20): «Vossa tristeza se transformará em alegria»
Disse Jesus aos seus discípulos: «Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo». Alguns dos seus discípulos comentavam: «Que significa isto que ele está dizendo: ‘Um pouco de tempo e não mais me vereis, e mais um pouco, e me vereis de novo’ e ‘Eu vou para junto do Pai’?». Diziam ainda: «O que é esse ‘pouco’? Não entendemos o que ele quer dizer». Jesus entendeu que eles queriam fazer perguntas; então falou: «Estais discutindo porque eu disse: ‘Um pouco de tempo, e não me vereis, e mais um pouco, e me vereis de novo’? Em verdade, em verdade, vos digo: chorareis e lamentareis, mas o mundo se alegrará. Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria».

COMENTÁRIO: Somos um mundo triste. Quanto maior o aglomerado humano, mais profunda é a solidão. Interrompido o trabalho, não se sabe o que fazer com o tempo vazio. É este vazio que procuram explorar as empresas do “entretenimento”. Gastam-se fortunas procurando meios para “distrair” a multidão depressiva. Filmes, shows, megaeventos regados a luz e cor, som amplificado ao infinito, carnavais cada vez mais prolongados, tudo se experimenta para acabar, inevitavelmente, com o travo amargo da decepção. Ninguém duvida de que os discípulos de Jesus experimentaram em sua presença a mais plena alegria. Até os dois discípulos de Emaús (Lc 24), acabrunhados com a morte do Mestre, são novamente invadidos por uma abrasadora emoção ao encontrá-Lo no meio da estrada. Ainda antes de O reconhecer, já eram invadidos pela alegria. Nada a admirar. Desde o nascimento de Jesus, os anjos vão aos pastores (Lc 2,10) para lhes anunciar uma “grande alegria”. Mesmo no Antigo Testamento, os profetas acenam para o povo com uma alegria que brotará como uma nascente das águas: “Com alegria tirareis água das fontes da salvação!” (Is 12,3). E Jeremias a estende a toda gente: “A jovem dançará alegremente, e o jovem e o velho também acompanham! Seu luto mudarei em festa, vou consolá-los, alegrarei sua tristeza” (Jr 31,13). Não confundamos a “alegria” oferecida por Jesus com alguma receita de “felicidade” meramente humana. A alegria em Cristo é antes uma “bem-aventurança”. Tanto no hebraico como no grego, este termo traz uma ideia de bênção divina, de alegria sobrenatural – observa Lev Gillet. E o autor acrescenta: “Tal é a alegria que Jesus comunica: alegria prometida aos pobres, aos mansos, aos puros, aos aflitos. Alegria oposta à alegria habitual dos homens, alegria fundamentada na reviravolta de todos os valores costumeiros…” Neste cenário, começa-se a compreender que a alegria trazida por Jesus pode perfeitamente conviver com a pobreza, superar a doença, sobreviver às perseguições, sobrenadar ao mal reinante na sociedade pagã. Diante dessa alegria que brota do Espírito, o ódio se liquefaz, a amargura se adoça, a depressão evapora.

Orai sem cessar: “Quem semeia entre lágrimas, colherá com alegria!” (Sl 125,5)
São Paulo VI, rogai por nós e pela Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo!
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Shalom

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