Reflexão do Evangelho 30/05/2025

Evangelho de hoje, 30 de maio (Jo 16,16-20): «Vossa tristeza se transformará em alegria»
Disse Jesus aos seus discípulos: «Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo». Alguns dos seus discípulos comentavam: «Que significa isto que ele está dizendo: ‘Um pouco de tempo e não mais me vereis, e mais um pouco, e me vereis de novo’ e ‘Eu vou para junto do Pai’?». Diziam ainda: «O que é esse ‘pouco’? Não entendemos o que ele quer dizer». Jesus entendeu que eles queriam fazer perguntas; então falou: «Estais discutindo porque eu disse: ‘Um pouco de tempo, e não me vereis, e mais um pouco, e me vereis de novo’? Em verdade, em verdade, vos digo: chorareis e lamentareis, mas o mundo se alegrará. Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria».

COMENTÁRIO: Deste mundo para o outro mundo, realiza-se uma inversão de sinais. Os valores deste mundo nada valem no Reino de Deus: ouro, prata, ações da Bolsa de Valores – tudo vira pó. Glória, fama, poder e beleza – nada disso abre as portas do Paraíso. Prazeres, sucesso, impérios econômicos: a eternidade ri dessas efêmeras construções. Só o Amor vai perdurar. Por isso mesmo, os pobres são bem-aventurados, diz Jesus. Os que choram serão consolados. Os tristes se alegrarão. Isso pode ser difícil de entender, como foi para aquele menininho que reclamou da mãe: “Como é ruim ser bom!” E temos de ser compreensivos com essa criança: ser bom pode parecer ruim: Não se vingar. Não dar o troco. Não aproveitar oportunidades de enriquecer por vias escusas. Não explorar o próximo. Não usar as pessoas conforme nossas conveniências… Partilhar em vez de acumular. Perdoar em vez de condenar. Comer menos para que os outros não passem fome. Economizar água para que ela chegue também aos pobres no alto da favela. Juntar nossa voz à voz dos que não sabem falar, ainda que nossos interesses pessoais não estejam em jogo. Sim, é de chorar, mas é chorando agora que nos alegraremos depois, quando chegar a hora de mergulhar no eterno. Ainda que Jesus tenha dito aquela frase como referência direta à Paixão e à Ressurreição – os discípulos chorariam com sua morte, mas haviam de se alegrar quando o Senhor ressuscitasse, ela se aplica com perfeição ao conjunto da existência humana. Por ora, nesta “passagem” pelo tempo, a vida cristã em um mundo pagão pode ser ocasião de renúncias, sofrimentos e perseguições. Mas, passado o “parto” (Jo 16,21), isso é, quando nascermos para a vida eterna, veremos que o sacrifício valeu a pena, pois nos abriu para uma vida que a morte já não pode tocar… Hoje, o mundo gargalha, dança e ri. Amanhã, choro e ranger de dentes (Mt 25,30b). Hoje, pode ser que a fidelidade a Deus nos deixe “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”, mas a aurora do novo dia nos encontrará imersos na alegria eterna do Cordeiro, vencedor da morte e do pecado.

Reflexão: “A vida presente é como as dores de um parto: enquanto peregrinamos neste mundo, lutamos para dar à luz o homem novo, à estatura de Cristo, a fim de entrarmos um dia nos gozos eternos do Pai.”
A Jesus, toda honra, louvor e adoração!
Tenha um abençoado final de semana!
Shalom

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